
Categoria: Artigos
Data: 20/04/2025
“Então, Josafá teve medo e se pôs a buscar ao Senhor; e apregoou jejum em todo o Judá.” (2 Crônicas 20.3)
O Reino de Israel estava dividido, Josafá reinava ao Sul, em Judá. Tempos sombrios, repletos de insegurança, inconstância e pavor. Moabitas e amonitas reuniram-se para entrar em guerra contra o Reino do Sul. Não era um pequeno exército, mas um opressor sem medidas; o pavor estava mais próximo do que se podia imaginar. O medo fez parte da trajetória do quarto rei de Judá. Medo é um sentimento de extremos. Ao mesmo tempo em que temos medo da morte, temos medo da vida; temos tanto medo de não tentar, quanto de arriscar; receio de ir, receio de voltar.
A vida não nos isenta de pavores, apenas cuida de mudar nossos temores. De vez em quando tiramos nossos olhos do Pai e – consequentemente – os redirecionamos para o medo. Diante da iminência de morte, o segundo livro das Crônicas narra que Josafá reuniu o povo para buscar ao Senhor e pôs-se a orar. Essa oração merece reverência, sobretudo quando Josafá diz: “não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti” (2Cr 20.12).
Desculpe-me, mas é bom saber que reis também sentem medo. Essa narrativa me fez entender que a cura do medo não está nos nossos olhos, mas em quem eles estão voltados; não está na confiança que depositam em nós, mas em quem depositamos confiança. Não há dúvidas de que a adoração vence o medo.